Rio perde mais de 30 mil empregos nos primeiros cinco meses do ano

Publicado em: 22 junho 2015 ás 14:35:24

O estado do Rio perdeu 34.040 postos de trabalho com carteira assinada de janeiro a maio deste ano. De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados), apenas em maio, só o município do Rio perdeu 11 mil vagas de emprego.

“É um mercado de trabalho que está desacelerando com uma velocidade muito grande no Brasil como um todo e no Rio em particular, que reflete o resto do país, mas reflete também a importância da Petrobras, todos os fornecedores da Petrobras são muito fortes. A crise da Petrobras também está tendo impacto no Rio”, afirmou o economista Armando Castelar, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

E o panorama é bem diferente do que vem sendo registrado nessa mesma época do ano. Em maio de 2014, oito mil pessoas foram contratadas no Estado do Rio. “No Brasil como um todo veio o dobro de demissões que os economistas esperavam. Maio é um mês de contratar, mês em que as empresas estão aumentando a sua força de trabalho para se preparar para o pique da indústria, que ocorre no semestre que vem, se recuperando do clima mais morno da época de carnaval e época de férias. Então, surpreende duplamente, porque é negativo e porque vem num mês que deveria ser positivo”, destacou Castelar.

O setor de serviços foi o que registrou maior queda, seguido da indústria e do comércio. A tendência, segundo o economista, é piorar ainda mais. O único setor que registrou aumento foi a construção civil, com apenas 0,2% de crescimento no número de postos de trabalho.

“A construção civil ainda ficou no zero a zero no Rio, por uma questão peculiar das olimpíadas, que puxa a construção no setor. No resto do país a construção está indo meio mal, mas, também, a construção está arrefecendo como um todo. A tendência do mercado de trabalho no Rio e no Brasil é continuar piorando, infelizmente, no resto do ano”, garantiu o economista, ressaltando que a redução do número de postos de trabalho deve ser ainda maior até o final do ano.

Fonte: G1