Pr. André Teixeira fala sobre a obra missionária no Alecrim

Publicado em: 11 agosto 2021 ás 16:57:34
O vice-presidente da Cadesa conta experiências que viveu no Rio Grande do Norte

Por Monique Suriano

Recém casado, e aos 24 anos, foi que o pastor André Teixeira deixou o Rio de Janeiro para assumir a vice-presidência da Catedral das Assembleia de Deus no Alecrim, localizada na cidade de Natal-RN. Seis anos depois, o filho caçula do presidente José Pedro Teixeira retorna a sua igreja mãe para pregar na noite de abertura do 27º Congresso da União de Mocidade da Cadesc e concede uma entrevista para contar a experiência de como foi sair da zona de conforto para seguir a direção de Deus.

Cadesc: O senhor foi enviado ao campo missionário um mês depois de casar, como foi essa adaptação para vocês?
Pr. André Teixeira:
Graças a Deus foi muito tranquila. O fato de estarmos recém casados acabou nos favorecendo. Eu contava com ela, e ela contava comigo, isso estreitou a vida de casado.

Cadesc: Na época, o senhor já se sentia seguro para assumir uma vice-liderança?
Pr. André Teixeira:
Não, não mesmo. Eu aprendi muito fazendo. É tudo muito teórico quando se ouve falar, mas na prática e algo totalmente diferente. Muitas das minhas fragilidades foram sanadas durante esse processo de crescimento. Hoje eu ainda não me sinto 100% seguro, mas me estou bem mais completo que há seis anos atrás.

Cadesc: E Qual foi a maior dificuldade nesse início como pastor?
Pr. André Teixeira:
A distância. Porque mesmo com a presença do nosso presidente lá todo mês, ainda é muito difícil. O lado positivo é que devido à distância, muitas coisas eu tive que aprender na marra.

Algum episódio que tenha marcado negativamente?
Assim que cheguei em Natal, um irmão muito querido da igreja foi assassinado, ele foi confundido. Era um domingo de manhã, meus pais haviam ido embora e nós estávamos na EBD. Eu tinha acabado de chegar, não conhecia todo mundo, e mesmo assim tive que confortar a família, dar uma palavra para a igreja, fazer funeral, e eu nunca havia tido essa experiência. Foi um momento de muita tensão, porque agora eu era o pastor ali.  Então foi uma situação muito difícil que Deus me fez reagir.

Depois de algum tempo o senhor acabou se tornando secretário da Conemad-RN, como foi essa experiência?
Foi uma situação que me surpreendeu, eu não esperava nem um pouco, porque a princípio eu fui para cuidar só do campo, mas aí o bispo Samuel apresentou meu nome para assumir a secretaria da convenção. Eu entendi que Deus está usando a minha liderança para confirmar o que ele tinha na minha vida.

Com relação a construção do novo templo, qual a sua expectativa para a inauguração?
O templo que nós estamos construindo marca como estrutura, mas o povo que está dentro do templo é que marca de fato a região, o povo, o estado. Minha expectativa é que este seja um tempo de muito despertamento espiritual, de maturidade e de sensibilidade espiritual para que não tenhamos somente um templo muito grande, mas um povo disposto a pregar o evangelho e a estar lado a lado do nosso Deus fazendo a obra. Muitos templos grandes já existem, mas espero que tenhamos um derramar muito especial naquele lugar.

Já podemos dizer que seu coração é Potiguar?
Com certeza. Não me vejo em outro lugar. Meu coração está no Rio Grande do Norte, não penso em voltar para o Rio de Janeiro. Mas a vontade de Deus vai ser feita eu estando lá ou ele me levando para outro canto, e isso eu não posso questionar.

Deixa um recado para os irmãos da Cadesc?
Continuem ajudando a obra missionária, nós precisamos muito. Contamos com a ajuda dos irmãos, porque aquela construção é cara, tanto espiritualmente quanto materialmente. Precisamos de recursos, mas quem não puder ajudar financeiramente, ajude intercedendo e o nome do Senhor será glorificado lá no Rio Grande do Norte.