‘Não tento agradar’, diz Bolsonaro, o deputado federal mais votado no RJ Publicado em: 7 outubro 2014 ás 10:11:58
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP), que obteve a melhor votação para a Câmara nas eleições do último domingo (5), passou o dia seguinte comemorando a reeleição com sua equipe de campanha em Bento Ribeiro, no Subúrbio do Rio. Sempre polêmico, ele promete continuar defendendo os mesmo temas que abordou durante os seis mandatos na casa. “Tenho identidade, não fico tentando agradar a todo mundo”, afirmou o parlamentar que exercerá o seu sétimo mandato e somou 464.572 votos neste pleito.
O parlamentar aproveitou para criticar o fato de deputado estadual mais bem votado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) ter sido o deputado Marcelo Freixo (PSOL), e disse acreditar que o eleitor que votou em um, provavelmente não votou no outro. Freixo recebeu 350.408 votos. “Eu comemorei a vitória com os meus amigos que me ajudaram na campanha. Ele foi para a Lapa, lugar onde você passa domingo de manhã e encontra lixo, cheiro de urina, camisinha de vênus. Esse foi o local que ele comemorou com a gente dele”, critica o deputado, que, entre outras causas, é a favor da pena de morte, da redução da maioridade penal, e é contra a legalização da maconha e a política de cotas nas universidades.
Críticas a Dilma e apoio a Aécio
Bolsonaro também afirmou que continuará se oponto às práticas do atual governo e, fazendo uma metáfora com as políticas sociais implementadas na gestão da presidente, comparou Dilma a uma cafetina. “É a mesma coisa que aquela cafetina que queria escrever sobre a sua vida e escolheu sete prostitutas para fazer isso. No final, as prostitutas resolvem canonizar a cafetina”. Segundo Bolsonaro, o povo brasileiro não tem razões para se orgulhar de políticas públicas como o Bolsa Família. “A própria Dilma disse no debate que 54 milhões de brasileiros são protegidos pelo Bolsa família, onde a principal condição para receber (o benefício) é não trabalhar”, dispara o deputado.
De acordo com ele, o ser humano só respeita o que teme e, justamente por isso, Bolsonaro defende o endurecimento de algumas leis como a redução da maioridade penal. “Se um menor estuprar dentro da favela, ele vai morrer, então ele respeita a comunidade. Ele tem tanta noção do que está fazendo que comete um estupro no Leblon, mas não faz isso na Rocinha. E quando faz, não vai faltar gente do PSOL, do PT, Marcelo Freixo e Benedita da Silva para falar que esse marginal tem que ficar solto”, critica.
Ele ainda voltou a criticar o deputado estadual Marcelo Freixo sobre a campanha do desarmamento e lamentou o fato do seu filho Flávio Bolsonaro, que também foi eleito para a Alerj, “precisar” conviver com o deputado do PSOL. “Ele deveria dar o exemplo e andar desarmado. Ninguém quer comprar uma arma para cometer um crime. Quer para se defender. A bandidagem está muito bem armada. Ele conseguiu o desarmamento, mas anda cheio de segurança. Quantas e quantas pessoas vivem ameaçadas e não têm como se defender?”, questiona.
Sobre um possível apoio no segundo turno da eleição presidencial, o deputado afirmou que está aberto a conversas com o candidato Aécio Neves (PSDB), mas que, em contrapartida, pediria que um oficial general ocupasse o cargo de Ministro da Defesa e um coronel do Exército, o de Ministro da Educação. “O que falta para a nossa molecada são noções fortes de respeito e cidadania. Precisamos de uma escola onde o professor não tenha medo de levar porrada na sala de aula. Hoje, como o professor não tem respeito dos alunos, aquele que será o futuro petista, serve de mau exemplo para os outros”, afirma Bolsonaro.