Marca de ovos de Páscoa com mensagens cristãs é boicotada por donos de supermercado

Publicado em: 6 abril 2015 ás 13:47:28

A tradição dos ovos de Páscoa são uma faceta comercial para o feriado que celebra a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Muitos cristãos enxergam essa questão como uma distorção do propósito da data, enquanto outros tentam usar as circunstâncias para dizer o real significado da Páscoa.

Um empresário britânico resolveu que as embalagens de seus ovos de páscoa trariam mensagens sobre Jesus Cristo, mas acabou enfrentando uma resistência dos donos de supermercados, que recusaram vender seus produtos.

A marca “The Real Easter Egg” (“o ovo de páscoa real”, em tradução livre do inglês) coloca ilustrações sobre a história da crucificação e ressurreição de Jesus nas embalagens.

A retaliação dos donos de supermercados à iniciativa usou como argumento “as vendas fracas destes ovos nos anos anteriores” para recusar o produto em suas prateleiras.

Segundo informações do Christian Headlines, o fundador da fábrica, David Marshall, afirmou que os cristãos que desejam ver os produtos à venda novamente deveriam protestar para forçar os donos de supermercados a colocarem os ovos à venda novamente.

“Os supermercados só vão ter 12 ovos por vez em exposição… Assim, se você quiser muito comprar os nossos produtos, tente uma loja local ou um dos varejistas online. Fazemos o nosso melhor a cada ano para argumentar com os donos de supermercados sobre estocar mais dos nossos ovos, mas se você não achá-los nestes grandes comércios, vá em outros lugares”, sugeriu Marshall.

A postura adotada pelo empresário parece ter surtido efeito, e algumas redes de supermercado, como Tesco, Waitrose e Morrison resolveram solicitar lotes dos ovos de Páscoa da “Real Easter Egg”.

A decisão das redes de varejo foi elogiada pelo arcebispo de York, John Sentamu: “Com milhões destes ovos vendidos, estou muito contente que estas redes aceitaram o desafio de continuar vendendo estes produtos. Apelo a Sainsbury, Asda, e à Co-operative para dar a seus clientes a mesma escolha”, afirmou, revelando o nome das empresas que se recusaram a vender o produto.