GAROTO QUE INSPIROU “O MENINO QUE VOLTOU DO CÉU” NEGA EXPERIÊNCIA SOBRENATURAL

Publicado em: 21 janeiro 2015 ás 09:42:15
Em 2010 a CPAD lançou no Brasil o livro “O Menino que Voltou do Céu” narrando a experiência de Alex Malarkey que em 2004 foi vítima de um acidente de carro que o deixou tetraplégico. Foram dois meses em coma e quando ele voltou e teve alta do hospital começou a relatar sua experiência no paraíso, dizendo que fora conduzido por anjos até o céu.
A história impressionou leitores em todo o mundo, mas cinco anos após o lançamento do livro o menino, hoje com 10 anos, veio a público dizer que mentiu, que não teve nenhuma experiência sobrenatural.
“Eu não morri. Eu não fui para o paraíso”, disse Malarkey em uma declaração oficial. “Eu disse que fui para o paraíso porque eu acho que estava querendo atenção. Quando eu fiz aquilo, eu nunca tinha lido a Bíblia. As pessoas têm lucrado com mentiras. E continuam lucrando”.
Na época do lançamento o livro ficou entre os mais vendidos do “The New York Times” e figura no filão literário chamado pelo jornal americano de “heavenly tourism” que conta com best-sellers como o “O Céu é de Verdade”, “90 Minutos no Céu”, “Cenas do Além” e “Meu Tempo No Céu” que também narram experiências sobrenaturais de pessoas que, em experiências de quase morte, visitaram o céu.
Ao desmentir sua visão sobre o paraíso, Malarkey pediu para que as pessoas acreditem apenas na Bíblia. “Eu quero que todo o mundo saiba que a Bíblia é suficiente. Aqueles que comercializarem esses materiais devem ser chamados a arrepender-se e ter a Bíblia como suficiente”.
Em seu blog a mãe do garoto também criticou a venda do livro e disse que é “intrigante e doloroso” ver que o livro continua a ser vendido e que as pessoas não o questionam.
A edição brasileira está esgotada no fornecedor e a CPAD não comercializa mais o livro “O Menino que Voltou do Céu”. A editora americana que publicou a obra, Tyndale House, comentou o caso ao jornal Washington Post e disse que todos os livros serão recolhidos das livrarias e não serão mais comercializados.

Com informações UOL.