Eleições 2014: confira o desempenho dos principais candidatos evangélicos

Publicado em: 7 outubro 2014 ás 10:10:23

O desempenho dos candidatos evangélicos nas eleições deste ano ficou marcado por reeleições estrondosas, como a do pastor Marco Feliciano, e derrotas significativas, como as de Marcelo Aguiar e do ex-boxeador Popó.

O pastor Marco Feliciano (PSC) foi quarto candidato mais votado, com 398 mil votos, 186 mil votos a mais do que em 2010, quando recebeu 212 mil. Alvo de muitas críticas por parte dos ativistas gays, Feliciano conseguiu projeção nacional defendendo o direito de se manifestar contra a homossexualidade e as tentativas da militância LGBT de impor uma “mordaça” aos cristãos através do polêmico PLC 122.

Em São Paulo, outros nomes de expressão no meio evangélico que se candidataram tiveram sucesso em suas tentativas de se manter como deputados federais.

O pastor Paulo Freire (PR), filho do pastor José Wellington Bezerra da Costa, foi reeleito com mais de 111 mil votos. Outro pastor reeleito foi Roberto de Lucena (PV), da Igreja O Brasil Para Cristo, com pouco mais de 67 mil votos, assim como a jovem Bruna Furlan (PSDB), ligada à Congregação Crista no Brasil, que teve 178 mil votos, mais de 70 mil a menos do que em 2010, quando teve em torno de 250 mil. Já o missionário José Olímpio (PP), apoiado pelo apóstolo Valdemiro Santiago, foi reeleito com mais de 154 mil votos.

O assembleiano Gilberto Nascimento (PSC) teve 120 mil votos, e volta a ocupar um cargo na Câmara dos Deputados após seis anos. Uma aposta do PSC para conquistar votos era o cirurgião plástico doutor Robert Rey, conhecido como Dr. Hollywood. Ele recebeu 21,3 mil votos e não foi eleito.

No Rio de Janeiro, os candidatos evangélicos Clarissa Garotinho (PR), Eduardo Cunha (PMDB), Arolde de Oliveira (PSD), Benedita da Silva (PT), Marcos Soares (PR), apóstolo Ezequiel Teixeira (SD) foram eleitos para ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados nos próximos quatro anos.

O deputado federal João Campos (PSDB-GO), foi reeleito para mais um mandato na Câmara dos Deputados. Campos ficou conhecido por ser o autor do projeto de lei que pretendia derrubar um artigo do Código de Ética do Conselho Federal de Psicologia que proíbe os profissionais da área de prestarem atendimento a homossexuais que os procurem pedindo orientação para abandonar a prática. O projeto foi apelidado de “cura gay” pela mídia, e arquivado posteriormente.

O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), que optou por não concorrer à reeleição e tentar um mandato à frente do governo do Rio de Janeiro, liderou boa parte das pesquisas no estado, mas na reta final, perdeu espaço e acabou fora do segundo turno das eleições, cedendo lugar ao atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB) e ao bispo Marcelo Crivella (PRB), senador licenciado.

A filha de Garotinho, Clarissa, conquistou 335 mil votos e ficou atrás apenas do polêmico Jair Bolsonaro (PP), aliado da bancada evangélica e detentor de 464 mil votos. Bolsonaro terá a companhia do filho, Eduardo, na Câmara dos Deputados, pois ele foi eleito para seu primeiro mandato como deputado federal por São Paulo, com mais de 82 mil votos.

Outro integrante da bancada evangélica que não foi reeleito é o cantor Marcelo Aguiar (DEM), pastor da Igreja Renascer que teve 65 mil votos mas não alcançou um índice suficiente para voltar à Câmara. A psicóloga cristã Marisa Lobo (PSC-PR) obteve 14,9 mil votos e não conseguiu ser eleita deputada federal por seu estado.

 

Pastor Everaldo

O candidato do PSC à presidência, apoiado por líderes evangélicos como os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano, além do senador Magno Malta (PR-ES), chegou a atingir 4% das intenções de voto nas pesquisas no começo da campanha.

No entanto, a ascensão de Marina Silva à disputa levou boa parte do eleitorado evangélico a optar por votar na missionária assembleiana, que demonstrava ter mais chances de vencer o pleito. Ao final da apuração, Everaldo Dias Pereira teve pouco mais de 780 mil votos em todo o país, somando 0,75% dos votos válidos, e ficando atrás inclusive da candidata Luciana Genro (PSOL-RS), que somou 1,6 milhão de votos, 1,55% do total.

 

Fonte: Gospel +