“É sempre para longe que o pecado leva você. O pecado te tira de casa, da família, da relação, da igreja”

Publicado em: 11 maio 2017 ás 14:24:30

Garantiu o pastor Alan Brizotti no segundo dia do 4º Congresso de Missões na CADESC

 

Por Monique Suriano

A segunda noite do 4º Congresso de Missões, no domingo, dia 23, iniciou à tarde com o Momento Atos, oportunidade em que as agências missionárias Jocum Brasil (Evangelismo Urbano), Frontiers Be The First (Povos mulçumanos), LAR (Apoio aos refugiados), MEVA (Povos indígenas) e Povos e Línguas (Engajamento geral) falaram sobre o trabalho que realizam. Na ocasião, os congressistas tiveram a oportunidade de fazer perguntas específicas aos representantes. Além de responder cada pergunta, os missionários deram dicas e orientações aos candidatos ao chamado missionário. O presidente da CADESC, pastor José Pedro Teixeira, prestigiou o encontro dirigido pelo coordenador de Missões, Igor Andrade, e também compartilhou experiências vividas no campo missionário.

À noite, o Congresso iniciou ao som do Ministério de Louvor CADESC com as músicas “Quão Formoso És”, “Canção do Apocalipse” e “Sonda-me, Usa-me”. Em seguida o pastor presidente José Pedro Teixeira cantou o hino “Desejo Missionário”. O grande coral de jovens e adolescentes também adorou a Deus com o louvor “Na Força do Louvor”. Depois foi a vez das crianças, que cantaram “Inocência”.

 O pastor Alan Brizotti, da Igreja Assembleia de Deus Catedral da Família, em Goiânia, foi novamente o pregador da noite. Ele falou sobre a história do filho pródigo, registrada no capítulo 15 de Lucas. “Quando falamos de missões, geralmente a gente pensa muito na missão do ir e buscar o perdido. Dificilmente a gente pensa na outra perspectiva da missão que é receber os perdidos que vêm. E neste texto Jesus faz isso, mostra como a gente precisa entender relacionamentos. Aqui nós vemos a história de um pai que perde dois filhos, um que saiu de casa e outro que nunca se sentiu nela”, disse.

“Jesus começa dizendo: ‘Um homem tinha dois filhos…’. Dois é a quebra do individualismo. É entender a perspectiva do outro, entender que eu não sou sozinho no mundo. E o texto diz que o menino pede ao pai a sua parte da herança. Nós vivemos hoje um tempo onde as relações são utilitaristas em que pais e filhos se olham apenas com um olhar de investimento. Esse pai reparte a herança entre os dois e permite a aventura do filho, porque entende que algumas lições só a vida ensina.  A Bíblia diz que ele partiu para uma terra distante. É sempre para longe que o pecado leva você.  O pecado te tira de casa, da família, da relação, da igreja”, afirmou ele.

Alan Brizotti falou ainda sobre a experiência do jovem ao perder tudo. “A Bíblia diz que ele começou a gastar dinheiro vivendo irresponsavelmente.  O pecado trabalha com a ilusão de ser e de estar, você acha que está “bombando” e que é tudo, quando não é ninguém. E depois de perder tudo, duas palavras novas surgem no vocabulário do playboy: fome e necessidade. A vida apresentou a ele realidades que ele não conhecia e ele vai acabar cuidando de porcos. A Bíblia diz que ‘caindo em si…’. Esse é o melhor lugar para cair. É o único lugar que você cai e fica em pé. Ele percebe que só tem um jeito agora: voltar para a casa do pai. A primeira coisa que esse menino tem quando cai em si é uma lembrança boa de casa, o caminho da missão começa pela memória. Se vocês querem que as pessoas que foram embora voltem, criem memórias de amor. Ele não teve um pai que dissesse: ‘Se sair por aquela porta, nunca mais volte’, ‘A partir de hoje você não tem mais pai’, disse o pregador que terminou a mensagem falando sobre restituição. “O texto diz que estando ainda longe, o pai o viu. Quando o menino recebe roupa nova, sandália nova, anel novo, ele tem a certeza de que o pai nunca havia desistido dele. Quando ele queria só as coisas, ele perdeu o pai. Agora que ele quer só o pai, as coisas voltam para ele, e tudo novo”, concluiu o pregador.

 

Fotos: Luis Fernando