Bancada Evangélica de Curitiba critica e pede explicações à prefeitura da cidade por publicação feita no Facebook defendendo o casamento gay

Publicado em: 8 outubro 2014 ás 10:42:32

Uma publicação feita na página oficial da Prefeitura de Curitiba no Facebook motivou uma forte reação por parte da bancada evangélica da Câmara de Vereadores da cidade. Publicada no dia 30 de setembro, a mensagem informava sobre um casamento coletivo que será realizado em dezembro na cidade e defendia a participação de casais homossexuais no evento.

Com o texto “Casamento em Curitiba. Viva o amor”, a imagem que motivou a polêmica fazia referência a casais heterossexuais e também a casais homossexuais, mostrando todos como sinônimo de amor.

No dia seguinte à publicação, a vereadora Carla Pimentel (PSC) sugeriu que a Câmara enviasse uma moção de repúdio por parte do Legislativo. Ela afirmou que a publicação era “tendenciosa” e considerada uma “agressão ao conceito de casamento”. A grande repercussão gerada pela publicação levou a assessoria da prefeitura a remover a postagem do Facebook, seguida de uma nota de que “um grupo havia se sentido ofendido” pela postagem.

Segundo o G1, a crítica feita pela vereadora recebeu o apoio de diversos colegas, sobretudo da bancada evangélica. Ailton Araújo (PSC), por exemplo, afirmou que o poder público não pode fazer apologia a nenhum tipo de comportamento ou crença. Noemia Rocha (PMDB) afirmou que o Brasil é um país cristão e que a divulgação no Facebook foi ofensiva. Segundo a peemedebista, a bancada evangélica de vereadores defende o conceito de “família natural”. Para o vereador Valdemir Soares (PRB), união civil é uma coisa e casamento é outra.

Porém, a retirada da publicação gerou protestos dos seguidores na rede social e a prefeitura publicou novamente a imagem, junto de um pedido de desculpas, assinado pela equipe de comunicação que administra a página.

Apesar da polêmica, a moção de repúdio dos evangélicos apresentada por Carla Pimentel foi retirada pela vereadora da pauta dessa segunda feira (06), quando deveria ter sido votada. O recuo aconteceu após uma negociação entre Pimentel e o líder do governo na Câmara, vereador Pedro Paulo (PT).

No acordo, ficou determinado que o governo irá debater o tema da publicidade institucional dentro da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública.

Fonte: Gospel +