Deputados da bancada evangélica preparam nova ofensiva contra a novela Babilônia, diz jornalista Publicado em: 30 abril 2015 ás 09:55:58
Uma nova onda de protestos e boicotes à novela Babilônia por parte dos deputados da bancada evangélica na Câmara deve ser formar em breve. A motivação para a indignação dos parlamentares surgiu da cena em que o personagem do ator Chay Suede trata sua namorada com desprezo por causa de sua visão conservadora a respeito da homossexualidade.
Na cena em questão, o personagem ateu Rafael apresenta suas mães – o casal de lésbicas que se beijou no primeiro capítulo – à sua namorada, que é filha de um prefeito corrupto e religioso, e ouve dela críticas à união homossexual, dizendo que a prática é “imoral” e “pecado”.
A sequência da cena mostra o rapaz revoltado e, em meio aos gritos, diz à menina que “ela não tem direito de dizer o que é certo e errado”.
O Gospel+ já havia destacado a parcialidade do trio de autores da novela na última semana, logo após a exibição do episódio, em resposta à indignação das redes sociais. Além desse diálogo em particular, Ricardo Linhares, Gilberto Braga e João Ximenes Braga vem descrevendo os personagens que formam uma família de evangélicos de forma caricata, atribuindo-os preconceito e corrupção, como se fossem um retrato do segmento na sociedade brasileira.
O jornalista Lauro Jardim, da revista Veja, informou que os deputados federais da bancada evangélica preparam uma nova retaliação à Globo: “Vem aí mais um round da batalha dos evangélicos para influenciar a dramaturgia da Globo. Os parlamentares da Frente Evangélica da Câmara, que já fizeram estardalhaço por causa do beijo gay no primeiro capítulo de Babilônia, se articulam para começar a descer a borduna em um novo episódio da novela”, escreveu.
Por outro lado, o ativista gay e deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) usou o polêmico diálogo para pregar seus princípios nas redes sociais: “Na moral? Imoral é o preconceito. E, como disse [a personagem] Teresa, a maior arma contra ele é o amor”, afirmou, em crítica ao discurso personificado na jovem evangélica.
Fonte: Gospel +