“O porto seguro é logo ali, continua remando!”

Publicado em: 29 julho 2016 ás 15:17:03

Incentivou o pastor Genival Bento, durante a pregação inesquecível de encerramento do Congresso UMADESC

Por Monique Suriano

O culto que encerrou o 22º Congresso da União de Mocidade da Assembleia de Deus em Santa Cruz (UMADESC), na terça-feira, 19 de julho, foi marcado pela poderosa presença de Deus, do início ao fim da reunião dirigida pela coordenadora Eliana Ramos. “Nós já estamos sabendo de casos em que Deus operou milagres nesse congresso. Existem pessoas que já foram restauradas, batizadas com Espírito Santo, curadas, salvas para a glória de Deus”, afirmou a missionária, que foi surpreendida com uma belíssima homenagem feita a ela e ao seu esposo.

Delino Marçal foi o cantor convidado para a noite de encerramento do Congresso e aproveitou a oportunidade para contar como sua família foi salva. “Eu sou o filho mais novo de uma mulher solteira que teve nove filhos. A minha casa tinha tudo para dar errado, o meu pai saiu de casa quando eu tinha seis meses de vida. Mas um dia minha mãe entrou numa igreja e recebeu Jesus como Senhor da sua vida. E este é o testemunho que eu carrego, porque o maior testemunho que um homem pode carregar é que Deus entrou na sua casa e salvou a sua família”, disse o cantor.

Antes da ministração da música “Deus é Deus”, Delino Marçal contou parte do seu testemunho de vida. “A minha casa sempre foi uma casa de oração. E uma vez na época do Natal, eu percebi que todos os meus amigos estavam com roupa nova, tênis novo. Mas a minha mãe não tinha condições de comprar roupa para a gente. Então eu cheguei dentro de casa e disse: “Mamãe, do que vale servir a Deus? Os meus amigos nem crente são, e eles têm roupa nova, tênis novo. Então ela me chamou num canto e disse: “Meu filho, eu vou te ensinar uma coisa muito importante para você nunca mais esquecer; na nossa casa nós não servimos a Deus pelo que Ele dá. Na nossa casa, nós o adoramos pelo que Ele é”, disse o cantor, que também ministrou a música “Me Batiza com Fogo”.

Quem encerrou a série de pregações do Congresso UMADESC foi o pastor Genival Bento. Ele leu em I Coríntios 4 e falou sobre a vida de Paulo. “A história nos mostra que Paulo tinha tudo para ser um personagem de destaque no mundo secular. Se nós observarmos a biografia dele, vamos ver que ele é um poliglota, um exímio orador, tinha um currículo invejável. No entanto, as Escrituras Sagradas nos ensinam sobre o poder de uma conversão”, disse. “Com 12 anos de idade Paulo foi sabatinado, aos 14 anos ele foi para Jerusalém cursar os 10 anos de faculdade. De acordo com o contexto histórico, quando Jesus vai à cruz aos 33 anos, Paulo estava no último ano de faculdade. Jesus era conhecido como perturbador da ordem, e esse assunto era discutido na sala de aula de Paulo”, disse o pastor Genival.

Muito emocionado na maior parte do tempo, o pregador também falou sobre a atual conjuntura do evangelho cristão. “Um dos maiores perigos desta geração é que a gente está se esquecendo da simplicidade do evangelho. É a mensagem da cruz que faz a diferença. No nosso tempo, a fama predomina mais que a unção. Tem gente brigando para ter o nome na mídia. Antigamente não precisava depositar cachê para ninguém vir pregar. Não precisava assinar contrato, porque a palavra valia. A igreja era liderada por homens que não sabiam falar direito, mas que tinham marca no joelho e calo na testa. Não precisava de muito movimento para os jovens serem batizados com o Espírito Santo, isso acontecia durante os louvores do hino da Harpa Cristã mesmo. E quem pregava? Um ignorante”, disse com lágrimas nos olhos. “Os homens que foram antes de nós eram anônimos. E pela fé não perderam o alvo, mas enfrentaram a fúria do fogo, o fia da espada. Pessoas maltratadas, afligidas e perseguidas. E eles não desistiram”, completou.

O pastor Genival Bento encerrou a mensagem falando sobre os remadores de barcos da época de Paulo. “Naquela época não tinha motor a turbina, nem a vapor, os barcos eram movidos a batidas. E os remadores, ou ministros, não tinham vontade própria. Mesmo cansados, eles fechavam as mãos e continuavam, e assim as águas iam sendo cortadas. Eles não tinham direito a descanso. E quando ouviam: Tempestade à vista! Força total! Eles esqueciam o cansaço para obedecer à ordem de cima. Alguns morriam agarrados no remo. Será que isso tem alguma coisa haver com a geração que não quer perder o alvo? Quando a ordem vem de cima não dá para questionar. Quando mais eles remavam, mais o chicote batia. Quanto mais a gente se aproxima de Deus, mais apanha. Quanto mais a gente se doa, mas a calúnia aumenta. Só que não dá para desistir agora. O porto seguro é logo ali, continua remando!”, incentivou ele.

As entrevistas com os convidados do Congresso estão disponíveis no Facebook Cadesc Fanpage.

Fotos: Luis Fernando Magão